Este blogue destina-se a combater todas e quaisquer pretensões de exploração da jazida de urânio de Nisa, cuja adjudicação eventual volta a estar na ordem do dia, ameaçando a saúde das populações do concelho, o posicionamento eco-turístico em curso e as actividades económicas locais.


quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Ecos de Contestação (II)

Mais de 300 pessoas já subscreveram uma petição que o «Movimento Urânio em Nisa, Não» (MUNN) lançou na Internet para protestar contra a eventual exploração de urânio na região, disse hoje um responsável do movimento.

Em declarações à agência Lusa, Paulo Bagulho, do MUNN, explicou que a eventual exploração de urânio em Nisa, região que possui o maior jazigo inexplorado alguma vez descoberto em Portugal, «está a deixar os cidadãos preocupados».
«Queremos reunir um grande número de assinaturas para enviar à Assembleia da Republica e ao Presidente da Republica para mostrar a nossa indignação e preocupação sobre uma eventual exploração deste minério em Nisa», afirmou.
O responsável do MUNN sustentou que «a petição tem como objectivo promover uma profunda reflexão antes de qualquer decisão que possa hipotecar o futuro promissor deste concelho».
A possibilidade do governo lançar um concurso para a exploração daquele minério em Nisa leva os responsáveis do movimento, que junta várias associações locais, a prometer acções de protesto.
«Se isso acontecer, vamos reagir com várias formas de luta», disse.
O concelho alentejano de Nisa, no distrito de Portalegre, possui no seu jazigo inexplorado de urânio um potencial que ronda os 6,3 milhões de toneladas de minério não sujeito a tratamento, 650 mil quilos de óxido de urânio e 760 mil toneladas de minério seco.
«Em Nisa, tem é que existir uma aposta nos produtos certificados, na qualidade ambiental, no termalismo e nos restantes eixos potenciais de desenvolvimento, não na exploração de urânio», alegou Paulo Bagulho.
De acordo com o responsável do MUNN, o capital que poderá retirar a empresa que, alegadamente, explorar o urânio em Nisa «não representa nada para o Produto Interno Bruto (PIB) do país, mas sim uma enorme desgraça para Nisa».
A associação ambientalista Quercus também se opõe à eventual exploração de urânio em Nisa, alertando para os «grandes impactos» que tal poderá causar em termos ambientais e da saúde da população.
«O urânio tem muito mais consequências do que outros minérios normais, tanto em termos dos impactos para o ambiente, como dos problemas que implica para a saúde», segundo Nuno Sequeira, do núcleo de Portalegre a Quercus.


Diário Digital / Lusa

2 comentários:

João Soares disse...

Parabens pela iniciativa.

http://www.facts-on-nuclear-energy.info/1_dead_end.php?size=b&l=pt&f=2107405257

Além disso o vosso blogue já consta do meu dossier Não ao Nuclear

Abraços

Anónimo disse...

Aposto que a Margarida (megacafé) vai falar em breve...